O diabo ao espelho: lugar, lugares da poética de Adília Lopes 30 de xuño de 2021

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O diabo ao espelho: lugar, lugares da poética de Adília Lopes

Conferência

Entre as portas de entrada que a poesia de Adília Lopes oferece, o diabo ocupa espaço, não privilegiado, mas singular. Seu primeiro efeito é dimensionar de modo ainda mais atritivo a presença de Cristo nessa poética, essa sim bastante forte e causadora de grande paixão; outro é indicar perigos, que tocam mesmo a formulação da poesia. O espelho também espanta a obra adiliana, e se, como diz poema de Le vitrail la nuit * A árvore cortada, “Os espelhos/ são o Diabo”, existe uma vinculação entre a autoimagem e o desvio, ou entre o pôr-se ao contrário e o pecado, ou entre, enfim, tantas outras legibilidades que espelho e diabo possuem, especialmente se em articulação. Talvez faça sentido começar a visitar o diabo de Adília Lopes considerando mesmo o pronome possessivo: será este um diabo particular, só dela, como a musa de certo famoso poema (“a minha Musa é cruel/ mas eu não conheço outra”)?

Fonte: https://adilialopes.webs.uvigo.gal

Presenta: Joana Meirim
Investigadora e professora, Investigadora e professora da Universidade Nova de Lisboa e do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura (CECC) da Universidade Católica Portuguesa
Luis Maffei
Universidade Federal Fluminense

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